Rockrider ST100: Análise da MTB da Decathlon
Esse post é inteiro dedicado para analisar a mountain bike de entrada para iniciantes Rockrider ST100. Veja a bike por R$1699 na Decathlon.
Uma pequena observação é que agora a bike também vem chamada de ST100MS. A Decathlon não anunciou essa mudança de nome, nem nada do tipo, porém eu tenho certeza que é para dizer que trata-se de uma bike com componetentes Microshift
Dito isso, esse artigo vai te ajudar a entender se a bicicleta é adequada para o que você deseja fazer no ciclismo, e se você deve ou não comprar a bicicleta.
Vamos lá!
1- Visão geral
A Rockrider ST 100 MS é praticamente a mesma bicicleta que a ST120. A única diferença real fica por conta da transmissão – ao invés de um conjunto Shimano Tourney, temos aqui um Microshift, também de 21 velocidades.
Caso você esteja chegando no ciclismo agora, aqui vai um pouco de contexto:
Essa bike foi lançada durante o boom das bikes em 2020, quando o mercado passou por uma escassez absurda de bikes e componentes – especialmente Shimano ou SRAM. Uma alternativa que alguma das montadoras viram foi incorporar peças Microshift, Sunrace e outras em bikes de entrada. E aí nasceu a ST100.
Daí a razão de ter duas bikes praticamente idênticas no catálogo.
Para quem é a Rockrider ST100 MS
A Rockrider ST100 (ou ST100 MS), é ideal para ciclistas que já gostam de pedalar e agora quem uma primeira mountain bike de verdade, e que não têm pretensão de entrar em competições ciclísticas.
Ela é uma bike adequada para pedalar em estradas de terra, de ir para todo canto na cidade, e de vez em quando arriscar uma trilha o outra mais leve – tudo isso com o respaldo de uma grande marca, como a Decathlon.
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2- Quadro
É muito comum ver quadros de MTBs nessa faixa de preço que são insanamente chamativos, com cores carnavalescas.
Esse não é o caso do quadro da Rockrider ST100 MS. Bem contido, com apenas uma variação de cor que agrada gregos e troianos, o design não compromete.
Ainda analisando o quadro da ST100, temos a boa e velha garantia vitalícia para primeiro dono. Novamente um ponto raro de encontrar em mountain bikes iniciantes do mesmo patamar.
Ademais, a bike é oferecida nos tamanhos 17 e 19. Infelizmente a Decathlon não disponibiliza a tabela de geometria do modelo.
O site da Decathlon indica que o tamanho 17 atende até 1,80m e o 19 até 1,86m. Se os moldes forem os mesmos da ST120 (devem ser), o tamanho 17 deve atender ciclistas de 1,65m a 1,75m e o tamanho 19 deve atender ciclistas de 1,75m a 1,90m seguindo as bikes deles que já testei.
3- Suspensão
A suspensão da Rockrider ST100 vem com adesivos genéricos, porém trata-se de uma Zoom 525 a elastômeros com 100mm de curso. Ela vem com trava no ombro.
É uma suspensão bem básica de entrada que é encontrada em praticamente todas as mountain bikes da mesma faixa de preço, não sendo diferencial em nenhum modelo (idem Hacker Sport, ST120, Fun Comp, etc…)
A única diferença, na realidade, fica por conta do curso. Algumas mountain bikes de entrada concorrentes possuem 80mm, enquanto a da Rockrider ST100 é de 100mm, como já foi mencionado.
4- Transmissão
A transmissão de uma bicicleta é composta pelos seguintes itens:
- Câmbio traseiro;
- Câmbio dianteiro;
- Cassete/catraca;
- Corrente;
- Pedivela e eixo central;
A transmissão da Rockrider ST100 é de 21 marchas, como ponto principal a ser destacado o fato de que os passadores e câmbios são MicroSHIFT Mezzo M20.
“Ó não, meu Deus! E agora?“
E agora nada de mais. A série Mezzo M20 da MicroSHIFT (as nomenclaturas variam para os câmbios) é equivalente ao shimano Tourney.
Alguns modelos de bike de entrada de marcas renomadas como Specialized e Trek já vêm com esses mesmos componentes. Com a grande crise de abastecimento global de bikes, a tendência para os próximos anos é que a presença da MicroSHIFT nas linhas de entrada cresça mais e mais.
No mais, o cassete da Rockrider ST100 é um Shunfeng 7v 14-34. Eu gosto dessa opção pois o famoso cassete Mega Range da Shimano possui um salto muito grande do 6º para o 7º, enquanto no Shunfeng é mais suave. Acho até que a ST120 deveria abraçar essa especificação.
Essa transmissão vai te entregar uma Mountain Bike para competir ou fazer grandes desafios no esporte? Não.
A transmissão da Rockrider ST100 é modesta como de qualquer mountain bike de entrada e merece alguns upgrades tão logo o ciclista comece a demandar mais da bike.
5- Rodas
Seguindo no review da Rockrider ST100 temos as rodas 29″
A começar pelos aros, temos os populares Vzan Vnine P68. São os modelos mais básicos da Vzan e que também estão presentes em praticamente todas as mountain bikes decentes de entrada do Brasil.
Os pneus da Rockrider ST 100 MSsão os Vee Rubber 29 por 2,1″ de largura. São pneus que oferecem aderência para uso básico. Se equiparam com os Chaoyang Victory, Rubena Mittas e outros pneus também encontrados em outras bikes de entrada..
Peço preço da bike, vão bem. Mas seria um dos primeiros upgrades que eu pensaria em dar na ST100.
6- Freios
Por fim no review da Rockrider ST100 temos os freios.
Eles são a disco mecânico com mescla de manetes Promax e pinças Logan. Não se engane pelo visual sofisticado. Eles não prometem nada além de uma frenagem para uso básico, que deixa as mãos bem cansadas em descidas muito longas ou íngremes.
Até antes mesmo dos pneus, eu buscaria dar um upgrade para os freios hidráulicos Shimano MT200, que são bem mais confiáveis e com custo x benefício excelente.
Novamente: isso é igual para todas as bikes da mesma faixa de preço. Nem adianta tentar achar oferta melhor.
No mais, ela possui rotores de diâmetro 160mm, padrão para todas as MTBs iniciantes de entrada disponíveis no mercado.
7- Recomendação final
A relação custo X benefício da Rockrider ST100 é excelente. Ela tem qualidade praticamente idêntica a da ST120, com uma transmissão menos renomada – não pior.
No geral, tem pouca opção de MTB de entrada por preço tabelado com custo X benefício melhor que a ST100 no Brasil hoje. Apenas se encontrar algo em oferta. Tendo isso em mente, acho a compra da ST100MS extremamente certeira!
